A Verdade Sobre os Sintéticos é uma anotação em Fallout 4. É um dos vários artigos publicados por Ocorrências Públicas.
Localizações[]
- As notas podem ser encontradas dentro e ao redor de Ocorrências Públicas em Diamond City falando com Piper ou Nat Wright.
- Oito cópias dentro de duas caixas de madeira em uma banca de jornal a oeste de Monsignor Plaza, uma no balcão.
Transcrição[]
Outubro de 2287
A Verdade Sobre os Sintéticos
por
Piper Wright
Macarrão. Todo mundo come. Todo mundo ama. E o Macarrão Potente de Diamond City nos deu o que comer por quinze anos. Da cadência cortada do japonês do Takahashi ao vapor cheiroso que emana de casa vasilha, até o toque escaldante de cada abocanhada. Pedir e comer macarrão é apenas uma de várias experiências humanas compartilhadas. Não é?
Me fiz essa mesma pergunta enquanto sentava no balcão do Macarrão Potente na noite da quarta passada, pouco após as 19h, apreciando uma janta que já havia comido várias vezes antes. Foi quando percebi nosso prefeito McDonough puxar um banco e repetir o mesmo ritual. Mão direita estendida. Boca aberta. Dentes mastigando. Sim, comendo macarrão. A experiência compartilhada por quase todos os residentes de Diamond City.
A situação deve ter parecido a mesma para os residentes da cidade há quase sessenta anos, em uma estranhamente quente tarde de maio de 2229, quando sentaram neste mesmo estande de esquina. Mas isso foi antes dos anos do Takahashi e o seu macarrão, quando o bar servia Nuka-Colas geladas, cervejas e doses de uísque. O atendente se chamava Henry, e, naquela noite, ele facilitava o compartilhamento das experiências humanas de beber, fumar, conversar e rir. Quer dizer, até a tragédia acontecer.
Não há muitos entre nós velhos o suficiente para lembrar daquela noite, embora muitos dos Necróticos residentes certamente lembrariam se não tivessem sidos removidos da cidade graças ao decreto anti-Necróticos de 2282 do prefeito McDonough. Mas há uma pessoa aqui que se lembra claramente dos eventos daquela noite: a respeitada matriarca Eustace Hawthorne, que recontou sua história em uma entrevista exclusiva para o Ocorrências Públicas.
"Sim, sim. Eu estava lá mesmo, sentada no bar, como você está sentada na minha frente agora. Eu tinha uns vinte e dois anos e só queria me divertir. Estava a salvo atrás da Muralha, todos estávamos, então qual era o problema disso? E deixa eu te falar, o Sr. Carter facilitava isso. Ele tinha chegado à cidade naquele mesmo dia, dizendo que era de algum lugar a oeste. Não importava muito. O que importava era seu sorriso, a sua risada e como ele fazia com que todos se sentissem à vontade. Naquela noite, no bar, todos meio que cercamos. Todo mundo queria conversar ou ouvir sobre o estado da Comunidade. E o Sr. Carter estava bastante feliz em ajudar. Foi tão incrível... Até deixar de ser."
Eustace continuou a recontar aquela noite, e sobre como as coisas ficaram sinistras e a verdade sobre o Sr. Carter foi revelada.
"Estávamos bebendo e conversando. Deviam ter se passado umas três horas. O Sr. Carter bebeu umas quatro ou cinco vezes nesse meio tempo. Ele parecia meio bêbado, acho eu, como o restante. Então, algo simplesmente aconteceu. Ele estava sorrindo, mas o sorriso meio que sumiu do seu rosto de uma vez só. Foi quando a sua bochecha começou a ficar estranha. E eu me lembro como se fosse ontem de ter assistido. Ele colocou a mão dentro do casaco, pegou um revólver e 'Pá!', atirou no Henry, o atendente, bem na cabeça. Ele não hesitou, não mostrou nenhuma emoção. O Sr. Carter matou Henry com tanta calma, como se estivesse pagando pela bebida. Mas sua bochecha continuava muito estranha. E então, deixe-me dizer, tudo foi por água abaixo depois daquilo."
O que Eustace está descrevendo é, obviamente, o infame evento conhecido como a "Máscara Quebrada", quando as pessoas da Comunidade descobriram pela primeira vez que o Instituto, a organização científica sombria responsável pela criação de androides de combate, tinha conseguido criar um modelo avançado a ponto de ser capaz de se infiltrar em uma sociedade humana sem dificuldades. Sem que as pessoas de Diamond City soubessem, o Instituto tinha, de algum jeito, evoluído seus androides para verdadeiros seres humanoides sintéticos.
"Depois que ele atirou no Henry, o Sr. Carter atirou em outras três ou quatro pessoas também. Como eu disse, foi tudo por água abaixo. Os guardas vieram correndo, abriram fogo, e o Sr. Carter continuou atirando e jogando pessoas para todo lado. Finalmente, os guardas o destruíram. Parecia que tinham matado um homem fora da casinha, enlouquecido. Ele jazia lá como um homem louco morto. Meu Deus. Aquilo foi horrível. Mas ai vimos o plástico e o metal. Esse era um daqueles sintéticos do começo, sabe? E percebemos que ele não era um ser humano. Foi então que todos soubemos que o Instituto não estava mais 'em algum lugar lá fora'. Foi quando percebemos que o Instituto estava por toda parte, entre nós."
Nunca foi determinado o motivo do sintético conhecido como Sr. Carter ter matado aquelas pessoas. Alguns sugeriram que ele tinha sido controlado remotamente pelo Instituto de alguma forma, na tentativa de testar a sua eficiência em combate. Outros ainda acharam que ele simplesmente tinha pifado (uma hipótese apoiada pela bochecha estranha dele) e que nunca tinha desejado matar ninguém. Mas, naquele instante, o "motivo" não parecia importar muito. O que importava era que robôs de uma organização (que permanece até hoje) misteriosa havia se infiltrado numa sociedade humana da Comunidade, e usando um modelo de sintético ainda menos avançado do que os que o Instituto utiliza hoje em dia.
O que nos leva ao macarrão: especificamente, ao macarrão consumido pelo prefeito McDonough na última quarta-feira, no mesmo local em que o sintético Sr. Carter surtou e matou várias pessoas sem piedade depois de horas compartilhando uma experiência que as pessoas de Diamond City pensavam ser algo que só era cotidiano para membro da raça humana. Elas estavam erradas.
E nós?
Galeria[]
Veja também[]
- Moving Forward
- Fear the Future?
- The Boogeyman banished?
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